quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A Corseteria Prática - parte 2

FUNDAÇÃO ESBOÇO PARA CINTURA
Lição 1
Vamos agora começar a explicar a elaboração de um esboço para uma cinta, o que pode ser conhecido como banda ou faixa, que é uma peça de vestuário que cobre o corpo do oco da cintura para qualquer comprimento desejado na linha do quadril.
As medidas necessárias para a esta peça de vestuário são de cintura, quadril e comprimento, medições que são dadas abaixo. É muito importante lembrar-se este primeiro esboço da base, porque vai ajudar cada aula contínua para todos os diversos estilos de cintas e espartilhos. As medidas que vamos usar são os seguintes:
Cintura ......... 71,1 cm 
Quadril ............ 96,5 cm 
Comprimento ....... 30,5 cm


Para começar o esboço base para o cinto desenhar uma linha 1-2 e chamá-lo do centro: frente do cinto. Em seguida, desenhe uma linha de l a 3, de 72,3 cm de medição da cintura, que é de 35,5 cm, e continuar a linha de 3-0 e medir 3-0, 15 cm para dardos. Levante 0-4 por uma linha de quadrados de 5 cm. Agora divide o espaço de 1 para 0, a preparação da 5, e ligar-se 4 a 5, com uma linha, conforme mostrado no diagrama de frente, e a curva de 1 a 4, com um espaço de montagem em cerca de 2 cm 5, como mostrado no diagrama.
Agora medir para a linha do quadril 1-6, 15 cm, e 4-7, 15 cm, e desenhar uma linha 6-7, chamando-o da linha do quadril. Medida 6-7, ½ de 96,5 cm medida do quadril, que é de 48,2, e desenhar uma linha 4-7 até 8, chamando-o o centro de trás da cintura.
Agora medir o comprimento do cinto e terminar na parte inferior. Meça 1-2 na linha de frente; 30,4 centímetros de comprimento, para frente, e medir os mesmos 30,4 cm 5-9 na costura lateral. Também medir 30,4 cm de 4 a 8, que é o centro da parte posterior da cintura. Em seguida, terminar o fundo, fazendo uma curva de 2-9 e 9-8, que irá completar a base para o cinto.
Deve-se tomar muito cuidado para memorizar esta base, que terá de ser repetido e preparado para a próxima lição.

Fundação Fundação para Esboço Cinturão Esboço Pará o Cinturão

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Novo Molde - Corset Gore

Instruções práticas na construção de um corset



MATERIAIS necessários para fazer um corset:
- meio metro de tecido firme de algodão;
- fita canaleta ou viés de algodão para fazer as canaletas da desossa;
- algumas barbatanas;
- um busk de aço; 
- fio para a amarração;
- máquina de costura;
- linha;
- ilhoses.

INSTRUÇÕES para tomar a medida.
Meça em torno da cintura tão firmemente quanto possível, notando o número de centímetros; deduzir 5 cm para formar a abertura que dará a margem a uma maior ou menor compressão conforme a amarração. Tomar a medida do busto, colocando a medida no meio do peito, em 1 º lugar, e passá-lo sobre o seio, não aperte nem folgue a fita métrica, e nenhuma provisão aqui para ser feita para o roupa.

Em seguida, a medida que passa próximo da axila, para o número 1 da parte de trás, o que não é para atingir o meio das costas; próximo a medida na parte inferior do Busk, e passar em volta do estômago e dos quadris, reduzindo 5 centímetros para a amarração, e em seguida, tomar o comprimento do Busk.

(Deve) ser lembrado que corsets não devem folgar quando eles são atados. 

INSTRUÇÕES de corte.
Um molde deve agora ser preparado de acordo com as instruções dadas na gravura, o que pode ser feito facilmente, ao ampliar o projeto, e acrescentando o número necessário de centímetros entre cada figura.


AS COSTAS. Colocar o tecido dobrado sob o molde e cortar as duas partes da volta, deixando cerca de 2 cm na costura debaixo do braço.

A FRENTE é cortada da mesma forma que as costas, atentando para o sentido do fio no tecido, dobre ao meio e corte o molde, deixando 2 cm na lateral para a costura. 

Se você desejar para aumentar o tamanho, deve sempre ser feito permitindo um acréscimo necessário na parte da frente, de trás e na costura debaixo do braço.

Instruções para fazer.

1 - Antes de tudo costure as canaletas para as barbatanas no lado direito, e o acabamento da abertura de trás. Podem ser usadas fitas próprias para canaleta ou viés de tecido de algodão firme na largura de 2 cm, mantendo a linha perfeitamente reta.
2 - Encaixe os gomos dos seios a partir de nº. 2 ao nº. 3, e do nº 3 para o nº 4; o lado reto do gomo próximo as Busk, costure-o até nº. 2; em seguida, encaixe outro gomo de maneira semelhante em nº. 6, o lado direto ao lado da cava, costurando a parte reta até nº. 7.
         Para esclarecer: são dois gomos A cortados espelhados para cada seio. As partes retas do gomo são encaixadas em 2-3 e 6-7. B é o gomo da frente e C o gomo dos quadris
3 - Com a medida, faça o tamanho exigido em todo o busto, aumentando diminuindo os gomos na parte superior; cortando as sobras do tecido em 3-4 e 5-6.
4 - A outra metade da frente para ser feito de um modo semelhante.
5 - Coloque os gomos, girando em 14-15, e aderência do lado direto do gomo sob ela; e fixe os gomos dos quadris na parte de trás da mesma maneira, o lado direto para os buracos.
6 - Junte-se as costuras sob o braço fixando nº 10 do meio-frente para nº 11 de meio-costas, a metade do tamanho da cintura necessário, envolvendo a frente para a parte de trás. Em todos os lugares compare as medidas das peças semelhantes. Em seguida, faça a outra parte da mesma forma.
7 - depois de ter fechado a costura, termine o estômago e gomo do quadril, medindo e fazendo para o tamanho necessário em volta do quadril, deixe-os arredondados para caber o quadril; compare e marque os gomos da outra metade, que é para ser acabado da mesma maneira.
8 - Faça o acabamento da frente para inserir o busk. De preferência encape-o antes com uma tira de couro ou outro material resistente mas lavável.
9 - Marque coordenadamente as aberturas da frete e das costas. Insira o busk e costure-o firmemente, o mais próximo possível. Insira as barbatanas e faça o acabamento superior e o inferior.
l0 - Coloque os ilhoses nos orifícios em distâncias iguais e fixe-os.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A Corseteria Prática - parte 1


A COMPLETE AND PRACTICAL METHOD 
on 
DESIGNING, PATTERNMAKING AND GRADING 
for 
Girdles, Corsets, Corselettes, Bandeaux, Brassieres, Inner Belts Health Belts, Maternity and Surgical Corsets 
with 
Special Measurements for Short and Stylish Stouts 
Compiled by 
Specially Designed for Self-Instruction by 
Published by 
COLLEGE OF DESIGNING 
NEW YORK, N. Y. 
Copyrighted by ISIDOR ROSENFELD 
Entered in the Library of Congress, Washington, D. C., 1933.


INTRODUÇÃO
Percebendo a importância de atualizar o trabalho prático a ser feito no campo corset em projetar a confecção do molde e classificação, eu já desenvolvi um método completo e de fácil aprendizado para todas as peças de vestuário na linha da corseteria.
Para os muitos anos passados ​​eu tenho cuidadosamente acompanhando de perto o comércio e os requisitos de mudanças de estilo em que a linha corset desempenha um grande papel. Eu, portanto, conclui que um método prático e simples é de fato necessário para projetar, fazer o molde e habilitar o campo corseteria para fazer um maior progresso e, ao mesmo tempo, trazer roupas de melhor montagem com maior facilidade e sucesso.
O interesse deste trabalho, portanto, impressiona-me a escrever este sistema a partir da minha longa experiência nesta linha e para ensinar um método simples que vai ser prático para todas as pessoas sensatas que trabalham neste campo particular. Estou certo de que os resultados serão de grande ajuda para quem vai estudar cuidadosamente este trabalho. Tenho também a certeza de que aqueles que vão estudar este trabalho será levado a um controle de atualização de conhecimento prático.
Eu, portanto, esperamo que os métodos ensinados neste trabalho vai trazer os resultados de grande sucesso em todos os ramos do campo corsetier, como eu, a autora, sinceramente desejo.
MME. RUTH U. ROSENFELD.

sábado, 22 de novembro de 2014

Livro "Como ser bonita: natureza desmascarada" de 1889

Dentre minhas pesquisas acabei por me deparar com uma publicação de 1889 com dicas de beleza, uma espécie de "Marie Claire" da época. Não se refere diretamente ao tema do blog, mas achei muito interessante a abordagem do tema. Foi disponibilizado apenas para fins de entretenimento, embora possua receitas não se recomenda a sua efetiva utilização:




Prefácio



Foi-me dito que eu precisava escrever um prefácio; que um pedido de desculpas ou uma escusa deve ser feito para o público em geral pressupondo a sua boa natureza. Um pedido de desculpas seria uma presunção. Minha única desculpa é o desejo de despertar no coração de cada menina ou mulher um interesse em sua própria individualidade e possibilidades, acreditando que é um dever para consigo mesma e àqueles por quem ela está rodeada e  que fazem de sua beleza física e vestimenta particular um estudo em cada detalhe. Minha sinceras desculpas serão um lamento que eu não tenha dado mais espaço ao assunto, como o próprio campo é ilimitado, e essas poucas páginas apenas um começo do que pode ser dito.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Aviso

Devido a alguns problemas de ordem pessoal o blog vai ficar sem atualização por um tempo. Mas assim que possível voltarão as novas postagem.

Update: estou de volta ao blog, continuarei traduzindo e dividindo os materiais que possuo, mas a frequência das postagens será mais reduzida, com publicações na medida do possível,mas espero que possa ser útil àquelas(es) que, assim como eu, se interessam pelo assunto.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Corset nos filmes - Moulin Rouge

Famoso "vestido" vermelho, sendo um corset Elisabetano enganchado na saia

Christian é um jovem escritor que possui um dom para a poesia e que enfrenta seu pai para poder se mudar para o bairro boêmio de Montmartre, em Paris. Lá ele recebe o apoio de Henri de Toulouse-Latrec, que o ajuda a participar da vida social e cultural do local, que gira em torno do Moulin Rouge, uma boate que possui um mundo próprio de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Ao visitar o local, Christian logo se apaixona por Satine, a mais bela cortesã de Paris e estrela maior do Moulin Rouge.

Fonte: Adorocinema

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Capítulo I - Ferramentas e Materiais para a construção do corset - parte 3

Parte 3 - Ferragens e Plásticos:

Ao contrário de muitas roupas o corset têm várias partes que não são feitas de tecido, como:

  • busks.
  • rebites e ilhoses;
  • lacing bones;
  • barbatanas plásticas;
  • barbatanas de metal.

Fivelas e anéis de metal podem ser encontrados em alguns corset também mas não serão discutidos porque não são regra.

1 - Busk:
Atualmente é mais do que apenas uma faixa usada para esticar a frente do corset, e assim tem sido desde a metade de 1800. Vitoriano ou Eduardiano, o corset terá um busk. O busk original era de única peça envolvida no centro da frente do corset e adicionava apoio mais rígido apenas - não era capar de abrir ou fechar o corset.

O fecho busk é formado por duas peças que ajuda o usuário a vestir ou tirar o corset sem ajuda assim como adiciona suporte. Há dois lados e todos os fechos são feitos de metal. Um lado é uma sequência de alças em uma borda e o outro é uma faixa de metal com pinos que coincidem com a posição das alças. Quando ambas as partes são colocadas juntas elas atuam como o colchete e a alça.

A outra vantagem do busk é que ele não permite nenhuma abertura entre os pontos enganchados. Pense em uma blusa muito colada e como ela pode abrir entre os botões na frente. Isso é uma impossibilidade com o busk pois a base de aço não cede de modo a permitir a abertura. Apesar deste busk seja flexível suficiente para ser confortável quando se está sentado e a permitir algum movimento na cintura. Podem ter qualquer medida de cerca de 15cm a 45cm, mas o de 30cm é o mais comumente utilizado em corpo inteiro dos Vitorianos e da Guerra Civil. Como todo o restante - todos os busks não são iguais. Pode-se encontrar um mais estreito em mais de um fornecedor pois há busks no mercado que são facilmente dobrados para fora. Compare e então decida a sua fonte.

Nota: eles podem parecer idênticos, mas quando flexionados alguns podem permanecer dobrados enquanto outros voltam a ficar retos.

Há três estilos de fecho busk:;

  • largo;
  • fino;
  • colher.


O mais comum e menos caro é o fino. Cada parte tem cerca de 13mm de largura e são brancos. Eles são bastante flexíveis.

Busks largos são de aço inoxidável e prata. Cada lado tem cerca de 25mm de largura e fechado fica com cerca de 50mm. Oferece suporte mais substancial para mulheres de busto farto. Eles são menos flexíveis que o básico fino.

O último e mais caro busk é também feito de aço inoxidável e é chamado colher por sua forma similar. A concha da colher fica sobre a protuberância da barriga e a fina entre os seios. Os busk de colher são historicamente precisos em um curte período no final de 1800. Eles não são comumente usados nem produzidos em massa  e como resultado são bastante caros. Eles são os menos flexíveis e na verdade tendem a ser um pouco frágeis, o que faz deles a pior escolha para tight lacing. Se você usa um para um projeto de tight lacing, assegure a adição de suporte atrás dele adicionando uma barbatana em cada lado.

Mais e mais modas de passarela estão apresentando roupas de noite à base do corset que inclui um fecho busk. O busk fino é o mais comum para a moda contemporânea.

2 - Ilhoses:
Com a amarração são a melhor forma de fechar o corset ou corpete, como zíperes têm dificuldade de resistir à pressão e são, portanto, altíssimo risco. Se decidir usar um zíper ele deve ser forte e deve ser auxiliado com fivelas e ganchos. Deve ser preso com arruelas para evitar que saltem do tecido durante o processo de amarração.

Sempre teste alguns ilhoses no mesmo número de camadas do mesmo tecido que o seu corset será feito para ver como ele se comporta.

Podem ser feitos de lata, níquel ou alumínio. Alumínio tem a vantagem de não enferrujar quando exposto à transpiração. Lata tende a ficar verde e áspero, e níquel pode causar reações alérgicas ao usuário.

O tamanho depende da escolha. O mais comum é o #0, que corresponde a um furo final de 6mm de diâmetro.

3 - Lacing Bone:

É um produto raro e dificilmente encontrado em corsets tradicionais de qualquer período. Fica posicionado na abertura das costas, perto das extremidades. Os ilhoses se prendem à estrutura de metal coberta pela camada de tecido, não suportando a pressão local. Apesar de ser forte, deve ser flexível o suficiente para moldar à curva natural das costas. Não é visível por fora já que é coberto pelo tecido.

4 - Barbatanas:
Originalmente eram feitas de barbatana de baleia, junco ou ferro que enferrujava. Hoje há três tipos básicos de barbatana e cada tipo pode ser feito em partes. São alternativas modernas:

  • plástico - sólido e tecido;
  • aço espiralado;
  • aço plano (flat).

Barbatana de plástico é a forma mais simples de desossa de usar. Há alguns tipos diferentes e várias marcas. Plástico tecido podem ser identificado facilmente porque tem várias ranhuras de plástico tubular fino que são tecidos juntos com um fino fio. O plástico tecido não é apropriado para a confecção de corsets porque não dá sustentação ao corpo. A desossa é de barbatanas de plástico sólido, e ainda muitos desses não são resistentes o suficiente para a construção de corset. Sempre teste a barbatana de plástico antes de usá-la se ela deforma facilmente ou mantém sua forma retornando a ser reta. Não é desejável que ela se deforme no corset. Ainda deve verificar se ela se entorta quando próxima ao calor do ferro. Algumas barbatanas se retorcem como saca-rolhas quando aproximadas de calor e isso pode ser uma grande problema se o corset precisar de uma leve passada para remover amassados.

A barbatana de aço aspiralado as planas são mais populares em corsets. Elas podem ser um desafio para os corsetmakers de primeira mão já que requerem ferramentas e técnicas especiais para corte e acabamento (mas dá pra achar em armarinhos já finalizadas do tamanho que desejar). Tenha em mente o molde que devem caber. Barbatanas muito longas podem ser desconfortáveis.

As espiraladas são as mais confortáveis de todas e de menos suporte do que as planas. São mais utilizadas em corsets Eduardianos ou Vitorianos que têm mais curvas a seguir. A vantagem é que não inibem movimentos.

As planas possuem vários tamanhos e larguras, bem como variedade de espessuras. A espessura é mais importante do que a largura se o que importa é a resistência. São mais resistentes do que a de plástico e a espiralada. Você não deve ser capaz de dobra-la facilmente - flexionar sim, mas não dobrá-la ponta a ponta. Ela pode ainda ser encontrada no metro, mas requere ferramentas especiais. É importante lembrar que como nem todas são iguais, compare-as antes de comprar.

Caso vá cortar sua barbatana, use os terminais em U para o acabamento das pontas. Mesmo um único uso pode resultar em furos no tecido se não forem usados. Sem eles não apenas o tecido estará exposto à ponta bruta do metal mas também a pele.

Barbatana de baleia na verdade não é osso, mas longa cartilagem encontrada na boca de certas baleias. é bastante flexível em todas as direções e bem leve. A barbatana espiralada de hoje é semelhante em mobilidade mas muito mais grossa e pesada. Não são mais encontradas hoje porque já há algum tempo é ilegal fazer produtos derivados de baleia.

Junco pode ser comprado em lojas que vendem produtos para cadeiras artesanais e algumas lojas de artesanato. Algumas pessoas usam fibra de vassoura. Não é recomendado porque consome muito tempo e o junco tende a quebrar com o calor. Uma vez quebrado é difícil de remover da canaleta e farpas podem atravessar o tecido até o usuário.

Estruturação com fibras (cording) é também uma opção, mas despende de muito tempo e o suporte fornecido é leve e não se compara com a desossa, mas é um bom auxiliar. A qualidade da fibra afeta o suporte do corset e além disso pode demorar um longo tempo para secar depois de lavado! Mas a vantagem é que pode ser estruturado em qualquer ângulo, curva ou forma.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Capítulo I - Ferramentas e Materiais para a construção do corset - parte 2

Parte II - Têxteis

Há dois tipos de materiais utilizados na construção do corset: os feitos de fibras de tecido e os que não são. Busks, acessórios e desossas são exemplos dos que não são têxteis e devem ser abordados mais pra frente nessa seção. As próximas páginas serão dedicadas aos materiais que são de fibras têxteis.

Esses materiais são:
  • tecido;
  • canaletas;
  • tiras de viés ou amarras e fita de gorgurão; 
  • fita de sarja;
  • cadarços;
  • fios de amarração;
  • entretela

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Capítulo I - Ferramentas e Materiais para a construção do corset

Nossa discussão não inclui máquinas, apenas ferramentas manuais. Quantas ferramentas você teré em seu kit de costura dependerá de que você costura mais frequentemente. A maioria de nós tem dedais, agulhas de mão, fita-métrica, carretilhas, cortador de tecido e tesoura - o básico. Para construir um corset você irá precisar de tudo isso e um pouco mais. Para aqueles que são novos na costura iremos começar com as ferramentas básicas listadas abaixo, depois expanda essa lista e adicione algumas novas. Detalhes de como exatamente essas ferramentas são usadas serão dados em outros capítulos. Esta lista dará a você uma ideia de quais ferramentas você necessita adquirir.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Prefácio - O básico da construção de corsets

Este livro foi escrito para explicar em detalhada ilustração o processo de confecção de um corset. Foi escrito para aquelas pessoas que nunca fizeram um corset mas tem conhecimentos básicos de costura - você pode costurar uma linha reta. Costurar um corset não é bastante preciso, o processo é mais complexo do que apenas costurar. Você tem que saber como trabalhar com tesouras de estanho, alicates e martelos (ferramentas não usualmente usadas em projetos de costura). Esse livro irá introduzir você a todos esses instrumentos e suas aplicações na confecção de um corset. O estilo Vitoriano é utilizado para demonstrar a maioria das técnicas, mas isso não significa que elas apenas podem ser utilizado em corsets deste estilo. As técnicas esboçadas aqui podem ser aplicadas a corsets de praticamente todos os períodos, assim como corpetes de vestidos de noiva ou de festa e até mesmo em vestes masculinas. Considere usar o que você aprendeu aqui em seu próprios projetos que requeiram estrutura.

domingo, 27 de julho de 2014

Capítulo III - Começo do século XIX até 1925 - parte 2

            A ênfase na silhueta de todo o século XIX foi na cintura fina e curvas; o corset mais duro do final do século exagerou-a mais ainda até que a anatomia feminina se tornou seriamente distorcida e a saúde da mulher afetada. Em 1900 Madame Gaches-Sarraute, de Paris, uma corsetière que havia estudado medicina, projetou um novo corset para corrigir isso. Sua característica principal era o plano busk frontal, que começando mais baixo na linha do busto continuava descendo sobre o abdome sem curvas na cintura, e no ponto do busk, ligas, agora presas ao corset, mantinha a linha esticada e ininterrupta até os joelhos; ele apoiava o abdome e mantinha o tórax livre.
Esse corset foi aclamado com alegria e imediatamente adotado pelas mulheres da moda. Logo, no entanto, exageros novamente surgiram, devido principalmente ao desejo de obter a cintura fina, e isso resultou na famosa curva S – o busto ondulava para fora ao longo da frente baixa, e o excesso abdominal supérfluo, pressionado planamente pelo duro busk da frente moveu para fora nos lados no quadril e na traseira. Esse corset era um milagre de corte e montagem; nunca antes ou então havia sido tão complicado. Era construído por numerosas partes curvas – tantas quanto dez ou quinze de cada lado, mais reforços – todas habilmente juntas e atravessadas por uma quantidade de desossas e metal de várias medidas de espessura e tamanho.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Capítulo III - Começo do século XIX até 1925 - parte 1

            No começo do século XIX a figura grega – figura natural (seios altos e arredondados, com membros longos e roliços) – era o ideal que toda mulher esperava alcançar. Seus suaves, leves vestidos de musselina colavam ao seu corpo e mostrava todo o contorno, então todas as roupas de baixo que poderiam alterar a silhueta foram descartadas – entre eles o corpo desossado. Na França, a ordem social havia sido completamente alterada, com a consequente perda da moral e da conduta, a moda estava sendo mais seguida do que na Inglaterra. Havia, no entanto, tantas referências nos escritos da época da Inglaterra e França, ambos para o uso e o desuso dos corpos, que pode ser presumido que ambos os estilos eram mantidos, e as jovens moças, ou as mulheres com um belo corpo, descartaram realmente seus corpos, mas as menos afortunadas criaturas tinham que recorrer a um subterfúgio na intenção de usar vestes mais simples e manter sua carne muito abundante dentro do limite da moda.
            Muitos dos simples vestidos de musselina dos anos de 1800 são montados em um forro de algodão com dois lados da peça separados que cruzam e prendem na frente, abaixo e sustentando os seios, e agindo como um tipo de soutien e era então a única forma de corpo usado. Mas em muitos casos isso não era suficiente; na Inglaterra os corpos desossados do passado século XVIII continuaram a ser usados, algumas vezes para se adequar ao modelo vigente eles desceram sobre os quadris, onde antes as abas eram colocadas para reforço. Para uma afinada maior, essa peça de vestuário era reforçada com preenchimento, para as robustas era pesadamente desossada. Como esse tipo de corset longo era apenas ilustrado em caricaturas do período isso provavelmente não fazia parte da moda, mas era usado para controlar as figuras fora de forma.
            Vários outros experimentos parecem ter sido usados para dar a verdadeira forma grega, entre eles um longo corset tricotado de seda ou algodão. Foi tão significante que o antigo nome corpo praticamente desapareceu, e a partir de então qualquer peça de roupa apertada é conhecida como corset, uma moda que foi copiada na Inglaterra embora a antiga forma “corpo” era também usada.
            Na França e Inglaterra as revistas femininas que circularam por cerca de 1809-1810 estavam em protesto contra o retorno do corset: um corpo longo, saia cheia, e linha da cintura mais enfatizada no vestido havia sido trazida de volta às graças.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Alguns designs para se inspirar - Dita Von Teese


       Uma das principais personalidades no ramo do vintage, do burlesco e do corset trainning, Dita Von Teese tem um imenso closet de corsets, dos mais variados e famosos corsetmakers. Como se trata de peça indispensável em suas apresentações, é impressionante a sua variedade. São tantos designs, cores, materiais diferentes, cada um mais bonito que o outro. São uma boa fonte de inspiração para quem deseja fazer o seu. Ficam mais fotos.






terça-feira, 15 de julho de 2014

Molde corset suíço de montaria - 1890


          Esse corset é feito com uma camada de jacquard de seda florido. Tem uma abertura frontal com um fecho busk e amarração nas costas, sustentado cada lado com duas desossas. Duas desossas no centro das costas são de metal plana e extraordinariamente os ilhoses foram colocados muito próximos à borda da peça, o que significa que se forem colocados sob muita pressão correm o risco de soltar ou rasgar.

domingo, 13 de julho de 2014

Algumas imagens de réplicas e molde de casaco

            Infelizmente as roupas são itens cuja durabilidade, embora fosse maior em épocas passadas, não é tamanha que possa resistir a muitos séculos, principalmente se for usada. Além do desgaste natural do uso, o tempo enfraquece a fibra, há a atuação de agentes externos, sem falar que a reviravolta na moda faz com que as roupas antigas sejam consideradas brega e com isso dispensadas. 

      Por isso não há um expressivo número de exemplares originais das peças utilizadas há alguns séculos, na verdade são bastante raros e boa parte se encontra bastante deteriorada. No entanto, com base em arquivos da época, algumas peças que resistiram ao tempo e até mesmo em ilustrações e retratos antigos há pessoas que se empenham em fazer réplicas dessas vestes, primando pelo maior realismo e correspondência com a moda da época possível. Fazem verdadeiras obas de arte, que encantam pela beleza e detalhamento.

      Seguem algumas imagens:

Réplica de vestimenta do século XVII, com parte da frente mais comprida e para fora da saia enquanto a parte de trás fica para dentro, com casaco combinando.
Detalhe para os bordados até nos botões. 

sábado, 12 de julho de 2014

Beleza Natural?


        Não há dúvida que mulher é um ser vaidoso. Sempre foi, independentemente do país ou da época que viveu. Constantemente tentando ficar mais bonita, mais atraente, incessantemente buscou um "ideal de beleza" comum de seu tempo.

       Quem, mesmo sendo mulher, nunca suspirou pelas divas hollywoodianas de antigamente, com seus belos rostos, cabelos elegante e impecavelmente ondulados, principalmente seus belos corpos "violão", em justos vestidos longos? E, principalmente, quem nunca ouviu ou falou sobre a diferença da beleza natural, sem plásticas ou musculação desta época?

         Claro que muitas foram agraciadas pela genética com corpos esculturais, outras tiveram uma mãozinha de técnicas do tight lacing para alcançar o corpo desejado. Há algumas que se houve falar que fizeram o uso deste artifício:

Marylin Monroe

Sophia Loren
Inclusive, olha o corpo dela aos 79 anos!!!

Elizabeth Taylor
         Quem disse que beleza natural não pode ter uma forcinha? Muitas vezes uma pequena ajuda pode torna-la ainda melhor, claro que sem exagero e sem deixa de ser natural. Embora o tight lacing seja uma forma de modificação corporal artificial, não deixa de ser "natural", já que é lento, gradual, o próprio organismo que se organiza naturalmente para se adequar à forma desejado, não sou especialista, mas para mim é muito menos agressivo que uma intervenção cirúrgica.

          A verdade é que a beleza dessa época me impressiona, esse padrão mais curvilíneo e feminino, sem lipo, sem perna de cavalo, tanta musculação que perde a cintura e fica com corpo de homem, silicone parecendo um  balão, sem falar todo esse botox, preenchimento e megahair. Tem gente que quando morrer não vai para o cemitério, vai para a reciclagem! 

          Por isso eu digo: viva a beleza natural!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Tight Lacing

         Como é evidente o corset atua por meio de compressão, por meio do tight lacing ele molda a silhueta tanto pelo deslocamento da gordura corporal como também pela relocação da costela flutuante e de órgãos. Lendo essa descrição é meio assustador e bizarro (e por isso exige consciência, conhecimento, materiais adequados e acompanhamento profissional para isso), mas não se pode negar que o resultado é bem impressionante!

       Mas como fica o corpo da pessoa que séria e responsavelmente pratica tight lacing (tirando aqueles casos bizarros em que as pessoas se estrangulam até quase partir ao meio em busca do recorde de cintura mais fina do mundo, o que absolutamente não tem como ser saudável)? Vou ilustrar com a foto da musa Dita Von Teese (que pra mim tem o corpo mais bonito que já vi). 


          Foi tirada momentos após a remoção do corset, ainda dando pra ver as marcas de compressão na pele. Mas fala a verdade, não fica uma silhueta feminina, delicada, bem no estilo princesa da Disney?

Ilustrações das Vestimentas

         O livro Corsets and Crinolines faz uma detalhada descrição quanto às vestimentas usadas juntamente com o corset em diferentes épocas e, embora traga moldes em escala de corsets clássicos de cada período e algumas ilustrações de peças separadas, não possui ilustrações das vestimentas completas, portanto ficamos apenas com a imaginação ou com uma busca no Sr. Google para encontrar pinturas da época.

          Outro dia encontrei essas ilustrações no Printerest nas páginas de vários seguidores, mas não consegui identificar a fonte. Parece ser um livro bastante detalhado, provavelmente direcionados para quem faz réplicas. No entanto, não deixa de ser interessante.




quinta-feira, 10 de julho de 2014

Capítulo II - 1670 até o final do Século XVIII

1 - Os Corpos

       O que geralmente é mencionado como corsets do século XVIII são os corpos que têm sua origem nas formas estruturadas da metade do século XVII. Essa forma atingiu a cintura cerca de 1650 e continuou a descer. Isso foi alcançado através de um alongamento das partes do centro da frente e das costas; os lados, também, estendidos para baixo sobre os quadris, onde eles eram abertos até a linha da cintura e então criadas abas que se estendiam para fora para permitir o arredondamento dos quadris; a barbatana de baleia contendo as abas o que impedia de atravessar o corpo na cintura. O corpo agora tinha adquirido costuras na parte da frente que partiram da cava, na diagonal quase até o ponto do busk, e atrás da cava quase até o centro das costas na linha da cintura; a barbatana de baleia era inserida diretamente abaixo do braço, mas espalhada para seguir as costuras do lado da frente e do lado de trás. Este arranjo deu uma forma mais arredondada e consequentemente uma aparência mais esbelta ao corpo, que desde o largo decote oval parecia um formato cônico para baixo. A costura do centro da frente era geralmente curvada e o busk seguia essa forma. A base do corpo era feita de duas camadas de tecido de linho pesado, ou lona, geralmente estruturado com cola ou grude, as barbatanas inseridas entre eram mantidas na posição por canaletas costuradas. Geralmente amarrado no centro das costas, mas algumas vezes na frente. Ou era totalmente desossado ou meio desossado. O material de cobertura era em seguida esticado  sobre essa base, a costura não necessariamente correspondente; mangas eram adicionadas. Esse corpo era usado, pelas elegantes, com o longo centro da frente para fora da saia do vestido, mas com as laterais e abas das costas para dentro; estas eram algumas vezes munidas de pequenos ganchos para que as saias pudessem ser presas de forma a permanecerem no lugar.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Meu Corset Gore

                  Há pouco tempo fiz meu corset overbust com o molde do Corset Gore. Esse foi o resultado:


como é fechado na frente o laço fica grande porque precisa de muito fio para entrar confortavelmente


com o laço escondido

domingo, 6 de julho de 2014

Minha experiência com estruturação com fibra

Peça vintage estruturada com fibra que serviu de vaga inspiração, infelizmente não é a minha peça, mas quem sabe um dia chego lá, rs.
       Como eu disse neste post uma forma mais antiga e natural de estruturar o corset é por meio de fibras. Primeiramente costuram-se as canaletas na área a ser estruturada e em seguida a fibra é inserida, costurando-se as pontas para fixá-la.

      Usando esta técnica como inspiração resolvi me arriscar. Ao invés de utilizar entretela para deixar a peça mais resistente, em algumas áreas utilizei a fibra. Como não tinha outras fibras à mão acabei utilizando barbante de algodão mesmo. 

       A primeira coisa que notei foi que, caramba, dá trabalho! Para ficar bonito as canaletas têm que ficar uniformes e devem corresponder à largura da fibra, mas sem ficar tão grossa nem tão fina. Além disso tem que passar a fibra por cada espacinho. Portanto não é algo a ser feito quando se tem pressa ou mesmo quando falta paciência para isso.

Corsets Franceses - Filme "La Belle et la Bete"

       Sempre gostei de filmes baseados em contos de fadas, principalmente os mais fiéis aos contos e menos romanceados (embora também goste dos filmes da Disney sobre o tema). No entanto minha história favorita sempre foi a da Bela e a Fera.

       A versão francesa retrata a história de uma forma inovadora, mas não abandona o lado sombrio e mágico, além disso a fotografia e o guarda-roupa são de tirar o fôlego. São tantos detalhes tanto nas paisagens quanto nas roupas dos personagens que encanta.

       A Bela usa vestidos lindos, grandes e muito detalhados, todos com corsets encantadores.


sábado, 28 de junho de 2014

Molde Corset 1890



       Siga o traçado acima e transfira as partes do molde para um papel quadriculado em polegadas.     Cuidadosamente siga as medidas e desenhe todas as direções nas partes do molde (ou simplesmente faça a conversão da imagem e imprima na modalidade de impressão "poster"). 
         Recorte as partes do molde e alfinete ao tecido. O tecido ideal para corset é o algodão, tela, cetim brocado ou lona. O corset não será forrado, portanto um tecido de algodão mais encorpado é sugerido.

Molde Corset Elizabetano/Tudor tipo colete e abertura na frente



Fonte: livro Corsets and Crinolines de Norah Waugh, pg. 36